quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Os jornais de Hildeberto Barbosa Filho

Contou-me Homero Fonseca de seu encontro com Hildeberto Barbosa. Para Homero, os jornais literários do poeta e crítico paraibano caberiam num belo blog. Logo achei que sim. Mas depois de reler – o que faço sempre – aquelas anotações, chego à conclusão de que ninguém escreveria para um blog com aquela paixão, coragem, sensibilidade e erudição. Deixemos o poeta nos legar todos os anos seus jornais e limitemo-nos a transcrever em nossos blogs o que ele nos dita! Como essa crítica, com a qual concordo, sobre o Budapest, transcrito de Às horas mortas, p. 146:

Budapest, de Chico Buarque de Holanda. Ando me arrastando na leitura. A frase não flui bem, o enredo me parece confuso, as situações vividas pelo personagem carecem de verossimilhança. Leitura que não dá prazer! Já o descartei da minha escolha para o prêmio Portugal-Telecom. Em cotejo com o romance-tese de Carlos Newton Júnior, A vida de Quaderna e Simão, cuja leitura resolvi alternar com a daquele, Budapest parece pura enmpulhação. Na verdade é outro estorvo romanesco do grande compositor”.
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A ilustração, De passagem, é do artista plástico Helio Jesuíno.
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